Os Discípulos (Eugene Burnand, 1898)

Os Discípulos (Eugene Burnand, 1898)

domingo, 6 de janeiro de 2013

Epifania do Senhor - 06 de janeiro



Epifania significa "manifestação". Jesus se dá a conhecer. Embora Jesus tenha aparecido em diferentes momentos a diferentes pessoas, a Igreja celebra como Epifanias três eventos:

§  Epifania aos Reis Magos (cf. Mt 2, 1-12).
§  Epifania a São João Batista no Jordão (cf. Mt 3, 13-17).
§  Epifania a seus discípulos e começo de Sua vida pública com o milagre em Caná (cf. Jo 2, 1-12).

A Epifania que mais celebramos no Natal é a primeira. A festa da Epifania tem sua origem na Igreja do Oriente. Diferentemente da Europa, no dia 6 de janeiro tanto no Egito como na Arábia se celebra o solstício, festejando o sol vitorioso com evocações míticas muito antigas. Epifanio explica que os pagãos celebravam o solstício invernal e o aumento da luz aos treze dias desta mudança; nos diz também que os pagãos faziam uma festa significativa e suntuosa no templo de Coré. Cosme de Jerusalém conta que os pagãos celebravam uma festa muito antes dos cristãos com ritos noturnos nos quais gritavam: "a virgem deu à luz, a luz cresce".

Entre os anos 120 e 140 dC os gnósticos trataram de cristianizar estes festejos celebrando o batismo de Jesus. Seguindo a crença gnóstica, os cristãos de Basílides celebravam a Encarnação do Verbo na humanidade de Jesus quando foi batizado. Epifanio trata de dar-lhes um sentido cristão ao dizer que Cristo demonstra assim ser a verdadeira luz e os cristãos celebram seu nascimento. Até o século IV a Igreja começou a celebrar neste dia a Epifania do Senhor. Assim como a festa de Natal no ocidente, a Epifania nasce contemporaneamente no Oriente como resposta da Igreja à celebração solar pagã que tentam substituir. Assim se explica que a Epifania no oriente se chama: Hagia phota, quer dizer, a santa luz. Esta festa nascida no Oriente já era celebrada na Gália a meados do séc. IV onde se encontram vestígios de ter sido uma grande festa para o ano 361 dC. A celebração desta festa é um pouco posterior à do Natal.

Os Reis Magos

Enquanto no Oriente a Epifania é a festa da Encarnação, no Ocidente se celebra com esta festa a revelação de Jesus ao mundo pagão, a verdadeira Epifania. A celebração gira em torno à adoração à qual foi sujeito o Menino Jesus por parte dos três Reis Magos (Mt 2 1-12) como símbolo do reconhecimento do mundo pagão de que Cristo é o salvador de toda a humanidade.

De acordo com a tradição da Igreja do século I, estes magos são como homens poderosos e sábios, possivelmente reis de nações ao leste do Mediterrâneo, homens que por sua cultura e espiritualidade cultivavam seu conhecimento do homem e da natureza esforçando-se especialmente para manter um contato com Deus. Da passagem bíblica sabemos que são magos, que vieram do Oriente e que como presente trouxeram incenso, ouro e mirra; da tradição dos primeiros séculos nos diz que foram três reis sábios: Belchior, Gaspar e Baltazar. Até o ano de 474 d.C seus restos estiveram na Constantinopla, a capital cristã mais importante no Oriente; em seguida foram trasladados para a catedral de Milão (Itália) e em 1164 foram trasladados para a cidade de Colônia (Alemanha), onde permanecem até nossos dias.

Trazer presentes às crianças no dia 6 de janeiro corresponde à comemoração da generosidade que estes magos tiveram ao adorar o Menino Jesus e trazer-lhe presentes levando em conta que "o que fizerdes a cada um destes pequenos, a mim o fazeis" (Mt. 25, 40); às crianças fazendo-lhes viver formosa e delicadamente a fantasia do acontecimento e aos adultos como mostra de amor e fé a Cristo recém nascido.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Natal


“Ninguém pode dizer: tenho a verdade – esta é a objeção que se faz – e, justamente, ninguém pode ter a verdade. É a verdade que nos possui, é algo vivo! Nós não somos os seus detentores, mas somos arrebatados por ela. Deus tornou-se tão próximo de nós, que Ele mesmo é um homem: isto deve nos desconcertar e surpreender sempre! Ele está tão próximo, que é um de nós. Conhece o ser humano, conhece-o a partir de dentro, provou-o com as suas alegrias e os seus sofrimentos. Como homem, está próximo de mim, perto, ‘ao alcance da voz’” (Bento XVI)

 “O maior milagre, que impressionava os discípulos todos os dias, não eram as pernas curadas, a pele purificada, a visão readquirida. O maior milagre era um olhar revelador do humano ao qual era impossível se subtrair. Não há nada que convença um homem mais do que um olhar que o atinja e reconheça o que ele é, capaz de revelar um homem a si mesmo. Jesus via dentro do homem, ninguém podia se esconder diante dele, diante dele as profundezas da consciência não guardavam seus segredos.” (Luigi Giussani)

domingo, 6 de maio de 2012

Gratidão - Como a realidade aparece a um olhar atento





"Há mais de trinta anos que tiro fotografias time-lapse das flores (em tempo real), sem interrupção, 24 horas por dia, sete dias por semana. E vê-las se movendo é uma dança que nunca me cansará. A sua beleza vem à tona nas cores, no gosto, no prazer do tato, e nos fornece um terço do alimento que comemos. Beleza e sedução são o instrumento da natureza para a sobrevivência, porque nós protegemos aquilo pelo que nos apaixonamos. Abre-nos o coração e nos faz darmo-nos conta de que somos parte da natureza, que não somos separados dela. Ver a nós mesmos na natureza nos coloca também em contato uns com os outros, porque é claro que tudo está conectado, é uma coisa só. Quando as pessoas veem minhas fotografias, frequentemente dizem: "Ó meu Deus!" Vocês nunca se perguntaram o que isso quer dizer? "Ó": quer dizer que atraiu a sua atenção, faz com que você esteja presente, atento. "Meu": quer dizer que tocou algo no profundo da sua alma, criou uma passagem para a sua voz interior para que ela possa se erguer e se fazer ouvir. E "Deus"? Deus é aquela viagem individual que todos queremos fazer, que nos dá inspiração, nos faz sentir que somos parte de um universo que celebra a vida. Sabiam que 80% das informações que recebemos nos vêm através dos olhos? Se vocês compararem a energia da luz com a escala musical, a olho nu só se poderia ver uma oitava, exatamente a oitava central. E não somos gratos pelo nosso cérebro que percebe o impulso elétrico que vem da energia da luz para criar imagens de tal maneira que possamos explorar o mundo? E não somos gratos porque temos um coração capaz de sentir estas vibrações que nos fazer sentir e a beleza da natureza? A beleza da natureza é um dom que cultiva o apreço e a gratidão. Então, eu tenho um dom que quero compartilhar com vocês hoje, um projeto que estou levando adiante que se chama a "felicidade revelada". Abrirá em nós um rasgo naquela perspectiva, do ponto de vista de uma criança e de um idoso.

Criança: Quando vejo televisão, são apenas espetáculos, cenas que são fantasiosas, e quando você vai explorar, mais imaginações do que você tinha antes lhe veem. E quando você tem mais imaginação, dá vontade de ir além, no profundo -, assim você vê mais coisas, que são mais bonitas, por exemplo, um caminho poderia levar você a uma praia ou alguma coisa poderia ser bonita.

Idoso: Você pensa que este seja apenas um outro dia na sua vida; não é apenas outro dia, é o único dia que lhe é dado hoje. É dado a você, é um dom. É o único dom que você tem aqui e agora, e a única resposta apropriada é a gratidão. Se você não faz outra coisa além de cultivar aquela resposta ao grande dom deste dia único, se aprende a responder como se fosse o primeiro e último dia de sua vida, então você terá gastado muito bem este dia. Comece abrindo os seus olhos e fique surpreso com o fato que você tem olhos para abrir. Aqueles raios incríveis de cores que nos são oferecidos continuamente para o nosso puro gozo. Olhe o céu! Olhamos o céu tão raramente. Notamos tão raramente como é diferente de um momento para o outro, com o vai e vem das nuvens. Pensamos apenas no tempo que está fazendo, mas nem mesmo do tempo que está fazendo somos capazes de perceber todas as sutis variações, pensamos apenas no bom e no mau tempo. Este dia, agora, o tempo que está fazendo é único, talvez nunca mais será como hoje, aquela formação precisa das nuvens nunca mais vai se repetir como agora. Abra os olhos e olhe! Olhe os rostos das pessoas que você encontrar. Cada um tem uma história incrível por trás do próprio rosto. Uma história que não poderia ser penetrada até o fundo, verdadeiramente. Não somente a sua história, mas nem mesmo a de seus antepassados. Todos têm uma história tão antiga. E, neste momento, neste dia, todas as pessoas que você encontrar, toda a vida de todas as gerações dos inumeráveis lugares em todo o mundo, se reúnem num fluxo único e encontra você aqui como uma água que lhe dá vida tão somente se você abre o coração e bebe. Abra o coração aos dons incríveis que a civilização lhe dá: você só tem que apertar um interruptor e eis a luz elétrica, abre a torneira e sai a água quente, a água fria e a água potável. É um dom que milhões de pessoas no mundo nunca experimentaram. São só alguns dos inúmeros dons para os quais podemos abrir o coração. E portanto, desejo que você abra o coração a todas estas bençãos, deixe que fluam através de você. Cada um que encontrar você hoje, será abençoado por você, apenas pelo seu olhar, pelo seu sorriso, pelo seu toque, apenas pela sua presença. Que a gratidão transborde numa benção ao seu redor, e então será, de verdade, um bom dia."

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Bin Laden e o perdão (Blog Mosaico)


Por Lorenzo Albacete

Não há dúvida de que quem sofreu na carne ou viu sofrendo algum ente querido as consequências dos ataques terroristas de 2001 a notícia da morte de Bin Laden tenha suscitado um sentimento de “saúde emotiva”. Como na reação de Lee Lelpi, um bombeiro aposentado de New York cujo filho, que também era um bombeiro, perdeu a vida no desabamento das Torres Gêmeas, e que declarou no Il Politico: “não tenho palavras; estou aqui, sentado, chorando. Temia que este dia nunca fosse chegar... mas, a justiça prevaleceu”.
Posso entender esta reação, pensando nos parentes dos hispânicos, na paróquia na qual eu trabalhava, que morreram no atentado terrorista. O que me perturba é outro tipo de reação. Tão logo se difundiu a notícia da execução de Bin Laden, no final da noite de domingo, uma multidão aplaudindo e agitando bandeiras se amontoou diante da Casa Branca. Esse encontro desencadeou uma entusiasmada expressão de alegria e de orgulho patriótico, que muitos compararam à solidariedade que uniu todos os norte-americanos no dia 11 de setembro de 2001.
Outra massa de pessoas se reuniu para festejar em New York, em torno do venerado Ground Zero. Pouco a pouco, o mesmo aconteceu por toda a nação, especialmente perto dos campi universitários, inclusive da Academia Militar de West Point. Como alguém me disse: “Parecia a comemoração da vitória de um time de futebol”.
Michael Bloomberg, prefeito de New York, tentou explicar assim estas reações: “O assassinato de Osama Bin Laden não diminui o sofrimento que os nova-iorquinos e os norte-americanos experimentaram por sua causa, mas é uma vitória muito importante para a nossa nação. Em New York, esperamos por esta notícia por quase dez anos. A minha esperança é que traga conforto e um pouco de paz a todos aqueles que perderam alguém no dia 11 de setembro de 2001”. O problema desta explicação é que os participantes destas manifestações públicas eram universitários, que tinham 10 ou 12 anos quando dos ataques terroristas, e fica difícil imaginar que tenham esperado dez anos para essa comemoração.
Uma reação semelhante foi a de Condoleezza Rice, ex-Secretária de Estado e conselheira para a segurança nacional de Bush, que definiu a notícia como “absolutamente excitante”. “O fim de Osama Bin Laden é uma vitória enorme para o povo norte-americano”, disse Rice, “nada pode fazer com que as vítimas de Bin Laden voltem à vida, mas talvez isto possa ser uma bálsamo para as feridas de seus entes queridos que sobreviveram”.
Todavia, os funcionários que agiram durante os devastantes ataques, sobretudo os de New York, saudaram a morte de Bin Laden como um triunfo, mas nunca como uma contrapartida de mesma medida das vidas perdidas nestes fatos. Outros, porém, veem o assassinato de Bin Laden como um ato divino. Um bombeiro disse: “Deus abençoe o presidente Bush e Deus abençoe o presidente Obama por isso. É um grande alívio para as famílias, tanto quanto poderiam ter. É algo de grande para nós”.
Até ao final da manhã, os automóveis, nas ruas perto da Casa Branca, marcavam ao som de buzina o seu júbilo, enquanto que os pedestres se reuniam nas esquinas, como que seguindo o convite do presidente Obama: “Esta noite, lembremo-nos do sentido de unidade que prevaleceu” no momento dos ataques terroristas. “O resultado de agora é um testemunho da grandeza de nosso país e da determinação do povo norte-americano”.
Alguns entreviram a mão da divina Providência na data da execução de Bin Laden. No dia primeiro de maio, mais ou menos na mesma hora do discurso de Obama para a nação, a rádio alemã, em 1945, anunciava a morte de Hitler; e também nesse dia, J. Edgar Hoover era nomeado chefe do FBI. Aqueles, porém, que haviam definido o ataque terrorista um juízo de Deus sobre a imoralidade americana ainda não deram o ar da graça.
No entanto, há ainda outra possível manifestação do juízo divino nesta semana: a beatificação do Papa João Paulo II, no dia primeiro de maio, durante as celebrações do Domingo da Divina Misericórdia, festa criada pelo mesmo Beato João Paulo II. Lembro-me muito bem do estupor dos norte-americanos diante da capa da Time Magazine que mostrava o Papa enquanto abraçava aquele que havia tentado assassiná-lo.
A grande palavra da semana foi “alívio”, em sentido psicológico. Agora, finalmente, podemos “curar” os nossos corações feridos. Mas, será de fato possível? Podemos, verdadeiramente, ficar satisfeitos com a justiça feita por um poder humano?
A justiça que pode trazer uma verdadeira paz para os nossos coração feridos se chama perdão e deriva da fé em Cristo, como o Beato João Paulo II nos mostrou. Esta é a Divina Misericórdia que Jesus mesmo demonstrou ao homem crucificado ao Seu lado, um criminoso que, em termos modernos, chamaríamos de terrorista.

* Extraído do IlSussidiario.net, do dia 4 de maio de 2011. Traduzido por Paulo R. A. Pacheco.

Este texto foi extraído do blog Mosaico, mantido por Paulo R. A. Pacheco.
Under Creative Commons License: Attribution

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Mulher, não chores


(Colocação conclusiva de Dom Luigi Giussani: Exercícios da Fraternidade de CL, Rímini – Itália, 05/05/2002)

Naquela tarde, Jesus foi interrompido, parado no seu caminho em direção ao vilarejo ao qual se dirigia, ao qual se destinava, porque havia um choro altíssimo de mulher, com um grito de dor que feria o coração de todos os presentes, mas que feriu, feriu sobretudo o coração de Cristo.
“Mulher, não chores!” Uma mulher jamais vista, jamais encontrada antes.
“Mulher, não chores!” Que apoio podia ter aquela mulher que escutava a palavra que Jesus dizia?

“Mulher, não chores!”: quando se volta para casa, quando se vai de metrô, quando se sobre no ônibus, quando se vê a fila de carros pelas ruas, quando se pensa em todo o amontoado de coisas que interessam a vida de milhões de milhões de homens, de centenas de milhões de homens... Como é decisivo o olhar que uma criança ou um adulto “adulto” teriam dirigido àquele homem, o qual vinha à frente de um grupinho de amigos e que jamais tinha visto aquela mulher, mas que parou quando o som, o revérbero daquele choro chegou até Ele! “Mulher, não chores!”, como se ninguém a conhecesse, como se ninguém a reconhecesse mais intensamente, mais totalmente, mais definitivamente do que Ele!

“Mulher, não chores!”. Quando vemos – como falei antes – toda a movimentação do mundo, em cujo rio, em cujos riachos todos os homens se fazem presentes à vida, tornam a vida presente a si mesmos, a incógnita do fim nada mais é que a incógnita da maneira como chegaram a essa novidade, aquela novidade que faz encontrar um homem, faz encontrar um homem jamais visto, o qual, perante a dor da mulher que vê pela primeira vez, lhe diz: “Mulher, não chores!”

“Mulher, não chores!”: é esse o coração com o qual somos colocados diante do olhar e diante da tristeza, diante da dor de todas as pessoas com as quais nos relacionamos, pela rua ou na viagem, nas nossas viagens.

“Mulher, não chores!”. Que coisa inimaginável é que Deus – “Deus”, Aquele que faz o mundo inteiro neste momento -, vendo e ouvindo o homem, possa dizer: “Homem, não chores!”, “Você, não chore!”. “Não chore, porque não é para a morte mas para a vida que eu o fiz! Eu o coloquei no mundo, e o coloquei numa companhia grande de pessoas!”.
Homem, mulher, rapaz, moça, você, vocês, não chorem! Não chorem! Existe um olhar e um coração que os penetra até à medula dos ossos e que os ama até o seu destino, um olhar e um coração que ninguém pode desviar, ninguém pode tornar incapaz de dizer o que pensa e o que sente, ninguém pode tornar impotente!
“Gloria Dei vivens homo”. A glória de Deus, a grandeza dAquele que faz as estrelas do céu, que coloca no mar, gota por gota, todo o azul que o define, é o homem que vive.

Não há nada que possa suspender aquele ímpeto imediato de amor, de apego, de estima, de esperança. Porque tornou-se esperança para cada um que O viu, que ouviu: “Mulher, não chores!” que ouviu Jesus dizer assim: “Mulher, não chores!”.
Nada pode deter a certeza de um destino misterioso e bom!

Nós estamos juntos dizendo-nos: “Você aí, eu nunca o vi, não sei quem você é: não chore!”. Porque o choro é o seu destino, parece ser o seu destino inevitável: “Homem, não chores!”

“Gloria Dei vivens homo”: a glória de Deus – aquela por meio da qual sustenta o mundo, o universo – é o homem que vive, todo homem que vive: o homem que vive, a mulher que chora, a mulher que sorri, a criança, a mulher que morre mãe.

“Gloria Dei vivens homo”. Nós queremos isto e nada mais que isto, que a glória de Deus se manifeste a todo o mundo e alcance todos os âmbitos da terra: as folhas, todas as folhas das flores e todos os corações dos homens. Nunca nos vimos, mas é isto o que vemos e sentimos entre nós. Tchau!