Os Discípulos (Eugene Burnand, 1898)

Os Discípulos (Eugene Burnand, 1898)

sábado, 31 de janeiro de 2009

Coleta de alimentos 2008 - Testemunho

Caros amigos, gostaria de compartilhar com vocês um pouco do que foi para mim participar do gesto da coleta de alimentos pela segunda vez.

Meus amigos Ana e Júnior me chamaram para participar com eles no mercado Prezunic em Niterói. Eu aceitei logo, porém, mais pela grande amizade com eles, do que pelo gesto em si.

Após uma semana bem corrida e cansativa, finalmente chegou o sábado – dia da coleta. Na véspera e no dia, quando acordei bem cedo para irmos pro mercado, pensei: “Meu Deus, como eu estou cansada, como será passar o dia todo no mercado, várias horas em pé?!” Se dependesse apenas de mim, da minha disposição, creio que nem iria. No entanto, como quem tava e está sempre no comando de tudo é Cristo, ofereci ao Senhor meu cansaço e lá fomos nós!

Chegando ao mercado, fomos muito bem recebidos por todos os funcionários, que inclusive, fizeram-se muito solícitos e prestativos desde o início. Começamos a organizar tudo e fazer aquela parte que pelo menos para mim costuma ser a mais difícil, que é abordar as pessoas, entregar o folheto e falar a respeito da coleta. Era evidente que por mim mesma, levando em consideração toda a minha timidez, teria ficado no meu cantinho, procurando fazer outras coisas, que não essa parte de ir até a pessoa e pedir a doação. Contudo, por uma Graça de Deus, senti foi uma enorme vontade de fazer de tudo, abraçar todo aquele gesto: arrumar as caixas, organizar tudo o que fosse preciso, entregar o folheto e explicar para as pessoas do que se tratava, pedir aos funcionários o que fosse preciso, receber os alimentos, arrumá-los nas caixas, entregar o folheto de agradecimento, enfim, estar ali atuando plenamente, inteira naquele gesto e sendo protagonista.

Na parte da tarde, nossos folhetos se acabaram e mesmo recuperando vários, que muitas pessoas deixavam largados e amassados pelo mercado, chegou um momento em que não tínhamos mais, então, foi preciso improvisar, pedindo sem o folheto ou com o de agradecimento. Foi quando me dirigi até o gerente e solicitei que o comunicador do mercado anunciasse a respeito da coleta pelo autofalante, o que surtiu um grande efeito e as pessoas contribuíam mesmo e muitos se interessavam, de verdade, em obter maiores informações a respeito do gesto que estávamos realizando. Sem dúvida alguma, nossa presença ali era um chamado de atenção às pessoas para o valor da caridade.

Inclusive, foi maravilhoso perceber que muitas pessoas que inicialmente se mostravam desconfiadas, titubeantes, no final das suas compras, acabavam contribuindo e depois até querendo saber mais. Era visível que elas haviam sido tocadas pela nossa presença, pela gratuidade daquele gesto.

Houve também outros belíssimos momentos, como de pessoas bem humildes que ajudavam contribuindo com diversos alimentos e pedindo folheto para levar para algum parente ou amigo que fosse ao mercado e pedir-lhes que também ajudassem.

Para mim, além de experimentar concretamente o sentido e o valor da caridade, ainda foi uma excelente ocasião de encontro com as pessoas. Como os próprios funcionários, que ao final da tarde já estavam todos nossos conhecidos e satisfeitos com a nossa presença no mercado.

No dia seguinte ao da coleta, quando estava na missa, agradeci ao Senhor, muitíssimo satisfeita por ter aderido a esse gesto e o vivido como protagonista. E pedi a Ele que me ajude a viver todos os dias, o meu trabalho, os estudos, as propostas do movimento, enfim, tudo que eu for chamada a responder, com o mesmo ímpeto, entusiasmo e afinco com que eu vivi o dia da coleta de alimentos.

Agradeço a todos os meus amigos voluntários que participaram junto comigo desse maravilhoso gesto!

Graças ao Senhor, com todo o meu limite e cansaço, eu aderi a essa proposta, pois se não tivesse participado, teria perdido o melhor!

Chris Gouvêa

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Revisão Vestibular UESB - V. Conquista (08 e 09/01/2009)




Muitas vezes, quando usamos a palavra amizade, só estamos descrevendo uma relação de encontros, cervejas, noitadas e, no melhor das hipóteses, um ombro para as nossas lamentações.

Dom Giussani, fundador do movimento de Comunhão e Libertação, chama a nossa atenção para o fato da amizade ser, um pouco das coisas listadas acima, mas ser, especialmente, uma preocupação (um interesse) com o destino do outro, com o percurso dos amigos rumo ao seu verdadeiro destino.

Para Dom Giussani, o destino do homem é o Infinito. Por isso, é o caminho que tomamos aqui, no aquém que nos leva para o além!

Daí a amizade ser algo que me mobiliza, me impulsiona de maneira efetiva a compartilhar a vida de meus amigos, nas suas alegrias, tristezas, anseios...

A partir desta perspectiva, o Movimento de Comunhão e Libertação de Vitória da Conquista – BA, com a ajuda voluntária dos professores Bite Marques (Redação) e José Ronaldo, vulgo Jhonny (Atualidades), realizou uma breve revisão para o Vestibular da UESB 2009 para um grupo de estudantes que anseiam um curso superior, o Infinito e além! (By Elton Quadros)

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

A pessoa, sujeito do relacionamento (O Milagre da Hospitalidade)


"...No discurso cristão, é motivado justamente e portanto possível que o homem não instrumentalize a mulher, ou vice-versa, exclusivamente como consequência da consciência de que o outro é relação com Deus, é pessoa. Do contrário, conforme o discurso cristão, é impossível não instrumentalizar-se. Pode-se acenar, no debate, a como a sociedade humana, concebida fora de um fato religioso autêntico (de um fato que tenha claro sentido de Deus como Pessoa e da relação do homem com esse Deus), tente remediar essa terrível mina que é a instrumentalização, que atenta contra a base de toda construção entre homem e mulher, bem como de toda relação entre homem e homem..."
(O Milagre da Hospitalidade - Luigi Giussani)

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

O Milagre da Hospitalidade - Luigi Giussani

“...Se quisermos logo nos sentir repletos de riqueza na vida do pensamento, devemos partir sempre da grande verdade primordial: que não existíamos e agora existimos; logo, existir – isto é, viver, ser, mover-se – é participar de algo outro, além de nós. Como é pacificamente exaustivo poder dizer com clareza (com clareza na motivação, não com clareza diante do conteúdo, que é o mistério que Cristo nos revelou) que tudo o que fazemos participa de algo outro! A raiz da gratuidade está aqui: tudo o que fazemos e somos nos é dado, nós participamos de algo outro além de nós. Acredito não haver nenhuma verdade mais evidente do que esta: que a cada instante da nossa vida não nos fazemos por nós mesmos. É na vibração desta autoconsciência que se desenvolve em nós a possibilidade de uma oração real...”
(Trecho do livro O Milagre da Hospitalidade - Luigi Giussani)